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Bactéria Brasileira Transforma Plástico em Bioplástico de Alta Qualidade

Foto do escritor: Redação neonewsRedação neonews

Pesquisadores da Universidade de Sorocaba descobrem bactéria que pode revolucionar a reciclagem e reduzir o impacto ambiental do plástico


Bactéria
Bactéria

(Foto: Divulgação)


Pesquisadores da Universidade de Sorocaba, com o apoio da FAPESP, fizeram uma descoberta que pode mudar a forma como lidamos com o lixo plástico. Uma bactéria brasileira, batizada de BR4, foi identificada como capaz de transformar o plástico de garrafas PET em um biopolímero de alta qualidade. Esta descoberta oferece uma solução mais eficaz e sustentável para o problema do lixo plástico, que continua a crescer a uma taxa alarmante.

De acordo com o pesquisador Fábio Squina, a reciclagem convencional não resolve de maneira eficaz o problema do plástico, pois resulta em materiais com propriedades inferiores. Em contraste, a bactéria BR4, que pertence à linhagem Pseudomonas sp., não apenas decompõe o plástico PET, mas também produz um biopolímero chamado PHB (polihidroxibutirato). Esse material tem grande potencial para ser utilizado na fabricação de embalagens sustentáveis e até em aplicações biomédicas.

A bactéria foi encontrada em amostras de solo contaminado por plástico, revelando sua capacidade única de biodegradar polímeros. Para chegar à BR4, os cientistas sequenciaram o genoma de 80 bactérias, o que possibilitou a compreensão dos mecanismos de ação dessa micro-organismo na degradação do PET.


Bactéria
Bactéria

(Foto: Divulgação)


"Essa descoberta abre portas para a produção de outros compostos químicos, com aplicações em diversas áreas, como agricultura, cosmética e indústria alimentícia", afirmam os pesquisadores.

Além de ser um avanço no combate à poluição plástica, que ameaça tanto a vida marinha quanto a terrestre, o estudo pode trazer soluções inovadoras para as 350 milhões de toneladas de plástico descartadas anualmente no planeta. Os cientistas acreditam que a técnica pode ser aplicada para degradar outros tipos de plástico, mas novas pesquisas ainda são necessárias para confirmar essa possibilidade.

O estudo foi publicado na renomada revista Science of The Total Environment, e promete contribuir de maneira significativa para um futuro mais verde e sustentável.

 

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