Casos de Demência Devem Dobrar Até 2060 | Um Desafio Global
- Redação neonews
- 19 de jan.
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Estudo revela aumento expressivo e aponta caminhos para prevenção
(Foto: Divulgação)
Pesquisadores lançam um alerta importante: os casos de demência podem dobrar até 2060. Segundo o estudo, "o número de pacientes diagnosticados com a doença pode dobrar até 2060", ultrapassando 12 milhões de casos somente nos Estados Unidos. O cenário evidencia um desafio crescente para a medicina e as políticas de saúde.
Pesquisas indicam que "pessoas com mais de 55 anos apresentam um risco de 42% de desenvolver demência", o que é significativamente maior do que estimativas anteriores. A partir dos 75 anos, o risco de demência aumenta consideravelmente:
Aos 75 anos, o risco é de cerca de 4%;
Aos 85 anos, o risco chega a 20%;
Aos 95 anos, o risco ultrapassa 42%.
Atualmente, mais de seis milhões de americanos convivem com a condição, que também "afeta quase 10% das pessoas com 65 anos ou mais e causa mais de 100 mil mortes por ano no país."
"Os pesquisadores afirmam que, para reverter este cenário, é preciso agir com urgência para prevenir ou retardar o início da doença." Entre as principais ações sugeridas estão:
Melhorar a saúde cardiovascular com medicamentos e mudanças no estilo de vida;
Prevenir ocorrência de derrames, diabetes e hipertensão arterial.
Essas ações podem desempenhar um papel crucial na redução de novos casos da doença em idosos.
Estudos mostram que "as mulheres apresentam um risco maior de desenvolver demência do que os homens: 48% contra 35%." A longevidade maior entre as mulheres é um fator, mas pesquisas em curso buscam entender diferenças biológicas que também possam influenciar.
(Foto: Divulgação)
Além disso, há uma preocupação crescente com o impacto da doença entre os negros nos Estados Unidos. "Em 2020, cerca de 60 mil casos foram registrados dentro deste público"; a previsão para 2060 aponta um aumento expressivo para 180 mil diagnósticos.
O envelhecimento da população tem sido apontado como um dos principais fatores para o aumento nos casos de demência. Com metodologias que incluem testes neuropsicológicos, registros hospitalares e atestados de óbito, os cientistas monitoram de perto o desenvolvimento da condição em diferentes grupos etários e demográficos.
Os resultados foram publicados na conceituada revista Nature Medicine e destacam a urgência de iniciativas para conter a progressão da doença e desenvolver tratamentos mais eficazes.