Atividades de fora do trabalho, como vídeos assistidos no YouTube, estavam sendo monitorados por gerente
Chris (nome fictício) é um engenheiro na Inglaterra, e desde o primeiro lockdown, lá em 2020, toda sua equipe foi obrigada trabalhar remotamente de suas casas. Para viabilizar que as operações de alta tecnologia continuassem a ser feitas, foi necessário conectar os computadores pessoais dos funcionários aos do escritório.
Até então, Chris junto do resto da equipe não se importava muito, porém um dia, ao visitar o escritório, descobriu algo que o deixou assustado. Os funcionários estavam tendo seus computadores pessoais, e tudo que faziam nele, espionados.
"O gerente estava olhando os nossos computadores pessoais para monitorar o que fazíamos de casa, e não só quando nós estávamos trabalhando.", afirmou Chris. Segundo o engenheiro, era possível ver, por exemplo, o que os funcionários assistiam no YouTube. "Era algo bizarro", concluí.
A empresa em questão, antes da pandemia quando os funcionários trabalhavam no escritório, utilizava de câmeras, gravadores e até sensores de movimento para monitorar os funcionários, o que é considerado legal e coisas como essa são difundidas em empresas do mundo todo, "mas quando as pessoas estão trabalhando de casa, isso ganha uma nova dimensão" , afirmou o secretário-geral do sindicato, Mike Clancy.
O uso de tecnologia (programas, softwares, equipamentos...) para monitorar a casa dos funcionários é ilegal, tanto na Inglaterra, quanto aqui no Brasil.
Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) vigente hoje, o monitoramento deve ser restrito ao uso de dados relacionados a empresa, e antes de fazer isso, a empresa deve comunicar o funcionário:
- Que ele será monitorado;
- O motivo desse ato;
- A base legal que permite isto de ser feito;
- Os períodos do dia que será feita;
- Os direitos que o empregado possuí sob seus dados;
- E o seu direito de reclamar caso tenha alguma preocupação.
(Fontes: Época Negócios, Veja e Grant Thornton)
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