top of page

neonews, neoriginals e ClasTech são marcas neoCompany. neoCompany Ltda. Todos os direitos reservados.

  • LinkedIn
  • Youtube

neonews, neoriginals e ClasTech são marcas neoCompany.

neoCompany ltda. Todos os direitos reservados.

Entre em contato com o neonews

Tem alguma sugestão de pauta, eventos ou deseja apenas fazer uma crítica ou sugestão, manda um email pra gente.

Foto do escritorRedação neonews

Crônica #109 | O Quinto Elemento. (parte 2)

Atualizado: 24 de jul.

O despertar da luz na reconexão com nossa essência.


capa da crônica 109 O Quinto Elemento. (parte 2)
Crônica

O que você encontrará nesta crônica:


Você já ouviu falar do Quinto Elemento? O que teria ele de tão misterioso e incompreensível a ponto de não termos, de imediato, uma única resposta? Compreendê-lo exige ultrapassar os quatro elementos tradicionais, abrir-se a novas ideias e ter disposição para uma busca profunda de reconexão interior. Como seria sua vida se você pudesse acessar a força invisível que une todos os elementos e dá sentido à nossa existência? Está pronto para embarcar, além dos limites físicos, em uma jornada transformadora de autoconhecimento e autodescoberta e explorar a magia e a beleza de toda a criação?


 

I. A fúria dos elementos


Era uma tarde comum, dessas às quais estamos acostumados na rotina agitada da cidade. O céu anunciava algo diferente, com nuvens pesadas e carregadas de um cinza profundo, prometendo uma tempestade iminente. E então a chuva veio, despencando de forma intensa sobre a cidade, como se o céu quisesse lavar de uma só vez toda a poeira acumulada. O som do vento e da água caindo era quase ensurdecedor, dando a impressão de que o mundo inteiro estava sendo varrido por aquele dilúvio impiedoso.


Em pouco tempo, a energia elétrica, que oscilava, cedeu de vez, levando consigo a internet e todos os dispositivos que nos conectam ao mundo exterior. Parecia que a cidade havia mergulhado em um apagão tecnológico, e eu, sentado em minha sala escura, fui tomado por uma estranha sensação de isolamento. Por alguns instantes, senti-me desconectado de tudo e de todos.


Restou-me recorrer ao princípio básico: o fogo, e acendi algumas velas. Na luz tênue, com a mente ainda acelerada, peguei um lápis e um caderno para registrar o momento. Contudo, minha mente continuava em uma frequência acelerada, impedindo-me de alcançar um estado de tranquilidade. Eu sentia a eletricidade no ar e as vibrações dos trovões que ecoavam impiedosamente, lembrando-me da força da natureza espalhando-se por toda a terra. Pude ouvir o som da chuva em sua plenitude, assim como o som dos meus pensamentos.


A natureza e seus elementos pareciam todos enfurecidos naquela tarde. Cada um carregado de suas próprias energias, alterando suas cargas elétricas, seus estados, e transformando-se uns nos outros, resultando em transmutações.


Estavam realmente os elementos externos tão alterados, ou era um aspecto interno meu que se projetava, fazendo-me senti-los de forma desproporcional?


Veio-me à mente a quintessência, algo superior e mais puro, que transcende os demais e está presente no conhecimento profundo dos quatro elementos básicos: terra, água, fogo e ar. Mais sutil que a terra é a água, mais sutil que a água é o fogo, mais sutil que o fogo é o ar; e mais sutil que o ar é a quintessência, o “akasha”, elemento fundamental no universo físico e espiritual. Segundo o hinduísmo, o akasha é o espaço onde esses elementos se manifestam de maneira equilibrada e perfeita, sendo a perfeição definida pelo princípio do equilíbrio e da harmonia.


“Estou alinhado com o universo em equilíbrio e harmonia? Sinto-me em paz e equilibrado comigo mesmo? Como posso alcançar isso neste momento, desacelerando meus pensamentos e harmonizando os elementos internos no ponto de equilíbrio de cada um?”


Estar presente e consciente do que nos acontece facilita o reconhecimento desses processos internos; os elementos servem como veículos para a reflexão sobre nós mesmos.


 

Il. A História


Enquanto buscava recompor-me e reconectar-me interiormente no processo de reequilíbrio, folheei algumas páginas impressas de mensagens recebidas. Chegou até mim o compartilhamento de uma longa história, através de uma pessoa muito querida, que explorava a compreensão de um aspecto de sua vida que a consumira ao longo de sua caminhada.


Essa longa história pertencia a outra pessoa, que lhe era como se fosse sua própria mãe: havia vivido mais de oito décadas de vida neste plano atual. Uma vida de marcas profundas, onde o abandono por seus pais não lhe deu chances, a não ser viver em lugares sombrios, entregues a sucessivos anos em meio a sombras atormentadas que jamais se dissipavam de suas tristes memórias. Sombras que se assemelhavam a verdadeiros labirintos de escuridão e desespero. Sentia-se como cercada por frias paredes de pedra e o único som que a acompanhava era o eco de seus próprios passos e respiração. Cada som era amplificado, transformando-se em algo quase tangível. O medo se entrelaçava com a umidade do ar, criando uma sensação sufocante que apertava o seu peito.


Os ruídos eram incessantes. De um lado, ouvia choros abafados, vozes perdidas em sofrimento, aguardando um triste destino que inevitavelmente chegaria. Do outro, parecia ser o som de correntes arrastando-se pelo chão. Sua mente atormentada por esses ruídos a fazia lembrar que não havia saída para ela. Estremecia diante daquela situação, que lhe era como uma prisão insuportável. Seus ouvidos eram preenchidos por sussurros sinistros, que se misturavam aos outros sons, palavras ininteligíveis que pareciam vir de todas as direções. Esses sussurros traziam promessas de dor e tormento, murmúrios de um futuro incerto e aterrorizante. A cada noite, ela se encolhia em um canto, tentando fechar seus ouvidos, mas os sussurros sempre encontravam um caminho para dentro de sua mente, invadindo seus sonhos e transformando-os em pesadelos.


Os dias se arrastavam em uma sequência interminável de escuridão e terror. Parecia não haver luz para marcar a passagem do tempo, e a noção de dia e noite se desvanecera em sua mente. O medo de que cada momento pudesse ser o último a consumia, corroendo sua sanidade. Ela não sabia até quando estaria ali, mesmo que no tormento daquela vida. Sentia-se sacrificada diante de tanta tortura angustiante que corroía a sua alma. Aprendeu a lutar contra o medo. Cada lágrima que derramava, cada grito abafado que entrava em seus ouvidos foram marcas da sua resistência. Sentia que a única maneira de sobreviver era manter viva a chama da esperança, mesmo que fosse apenas uma brasa frágil em meio à escuridão.


No decorrer de sua história, ela foi entendendo que os sussurros que ouvia, se misturavam entre almas desta e de outras dimensões. Ela compreendeu melhor a amizade que tinha com uma criança, que lhe contou que nunca havia visto a luz do sol, que nunca havia visto quaisquer tipos de luz a não ser de lamparinas. O maior sonho dessa criança era poder ver algum dia a luz que brilhava do sol, pois ela sabia sobre ele através do que as pessoas lhe contavam. Fizeram uma amizade profunda e todos os dias conversavam e compartilhavam suas dores e sofrimentos. Entre tantas outras almas que ela via, aquela criança era a única companhia que havia restado, e mesmo que ela fosse uma alma errante, não lhe causava mais medo.


Aos oito anos, ao relutar quando uma senhora a pegou pela mão, uma marca de nascença em seu braço ficou exposta e foi descoberta. Sem entender, percebeu depois que aquela marca lhe rendera muitos testes dolorosos que a fizeram rir e chorar, levando-a aos extremos de fazê-la sentir todas as emoções humanas possíveis. Parecia que aquela marca lhe conferia poderes devido à sua descendência, mas ela não sabia o que era ter pais, não sabia o aquilo significava. Sua amiga dizia para ela não mencionar que a via ou que via qualquer ser de outra dimensão. No entanto, a senhora que a pegou pelo braço a ameaçou, dizendo: “Muito bem, pequena. Agora vou apagar sua amiga da existência.” Ao ouvir tal coisa, ela gritou impulsivamente: “nãaaaaaooooo...”

Ela foi constatada com grandes poderes paranormais, o que lhe conferiu dúvidas e confusão em seu entendimento. A partir de então começaram as chantagens com ela. Se não cooperasse, sumiriam com sua amiga. Acabou sendo treinada e condicionada em muitas maldades contra seres diversos. A princípio, ela relutou bastante, mas depois percebeu que era muito bem tratada e lhe davam de tudo. Foi crescendo enquanto a amiga sempre alertava sobre o mal que ela poderia estar acumulando em seu ser, contraindo uma dívida enorme com o universo. Ela duvidava da amiga; afinal, como uma criança poderia ser uma conselheira e possuir tal conhecimento? Não havia vivido o suficiente para afirmar essas coisas. E a vida prosseguiu com sua rotina após ela trair sua amiga e esta ter desaparecido permanentemente de sua vida. Na última vez que viu a amiga, ela lhe disse: “O Guia da luz... busque a luz!”


Ela não tinha ideia do que a amiga se referia, e como nunca havia levado em consideração seus conselhos, aquilo caiu no esquecimento. Sua mente girava em torno de outros interesses, de outras práticas, e então entregou-se com a força da alma à dedicação de seus estudos; em pouco tempo, tornou-se uma grande líder, sobressaindo-se de forma colossal. Diante das regras rígidas da sociedade em que vivia, inclusive na escolha de um parceiro, ela deu à luz uma filha. Naquele momento, de algum modo, uma dúvida surgiu dentro dela, mas era apenas uma fagulha pequena em meio à escuridão que assolava sua alma.


Sua vida como mãe prosseguiu com dedicação total pelos próximos 15 anos. E, tristemente, em um determinado dia, sua filha lhe diz: “O Guia da luz... busque a luz...”, e foi a luz de seus olhos que deixou sua alma. Ela ficou paralisada diante do retrato à sua frente, incapaz de imaginar uma parte de seu ser partindo daquele jeito. Após alguns momentos, ela retorna a si mesma... “Guia da luz, luz, o que é isso? A mesma frase que minha amiga dizia? Como assim? Como poderia isso se repetir com as mesmas palavras?”


Desde aquele acontecimento, se passaram 57 anos. Ela procurou por respostas durante todo esse tempo, tentando entender aquela frase, tentando compreender tudo o que havia ocorrido, mas não conseguiu. Havia estudado todos os tipos de técnicas. Descobriu também um pouco sobre a teia cósmica. Em meio a esses estudos, descobriu um sentimento que nunca havia sentido verdadeiramente, concluindo que ainda não entendia aquela frase por causa desse sentimento. Mesmo assim, em meio ao caos que sempre impera na sociedade, continuou buscando por uma resposta mais concreta. No entanto, apesar de todos os esforços, tudo o que conseguiu vislumbrar foi apenas uma luz azul. Somente isso, uma luz azul de longe, bem de longe.


E em um determinado dia, através de uma amiga, testemunhou uma cena que jamais pensara um dia testemunhar: viu uma luz imensa e muitas crianças como que emergindo da escuridão; eram centenas, milhares de crianças sendo conduzidas para a luz. As crianças cantavam, louvavam.… Ela se arrepia sempre que se lembra desse momento. Entre aquelas crianças estava sua amiga, aquela que ela mesma tinha traído. Elas sentiram uma a outra, foi uma conexão instantânea. Ela poderia ter seguido com as outras crianças em meio aos céus, mas não, foi até ela e falou: “Mamãe…”


A amiga que ela teve e sua filha eram da mesma essência. Sem reação, sem saber o que dizer, como agir, cega por aquela luz colossal, ela sussurrou chorando: “Me perdoa, crianças...” A criança, com voz doce, respondeu: “Mamãe, não há o que perdoar. Cada um vive a realidade que se coloca. Hoje estou seguindo aquela luz, e quem me ajudou a chegar aqui? O Guia da luz e a sua luz!”


Sua amada filha, sua querida amiga que dizia nunca ter visto o sol, agora como verdadeiros sóis brancos e iluminados, seguiram em direção à luz.


 

lll. O encontro com o quinto elemento.


Quando ela se recuperou, tudo havia cessado. Ficou na calçada chorando por horas.


Lembrou de alguém vindo em sua direção e falando: “Tudo bem, senhora?”

E ela só dizia: “Como? Como? Como?” “Eu te mostro, venha!” Assim disse a pessoa que a acolheu.


Depois de toda a extrema e intensa emoção que viveu, recordou-se do sentimento que havia descoberto e que jamais experimentara verdadeiramente. Compreendia agora o que lhe faltara, o porquê não conseguira se conectar e encontrar sua filha. Em sua mente ecoavam as palavras que um dia lera: Tens a terra, tens o ar, tens a água, tens o fogo e tens ainda um elemento.... Sempre em vós a irradiar esse tal quinto elemento, grandioso e magnífico, oh sublime Quinto Elemento.” Era esse quinto elemento que lhe faltara durante toda sua existência.


Quinto elemento? Quintessência, akasha ou éter têm suas raízes em várias tradições filosóficas, científicas e espirituais. São vistos como a essência mais pura e elevada da matéria, algo espiritual e transcendente, uma forma de existência mais elevada e incorruptível.


Ou simplesmente o Amor, em sua mais pura e sublime manifestação, onde o magnífico e o poderoso são suas formas de exteriorização. Aquele que nos lembra que somos mais do que corpos físicos; somos seres de luz, onde a pureza do espírito e a clareza da mente se encontram, conectados ao universo de maneiras profundas. Aquele que nos incentiva a viver com propósito, agir com compaixão e cultivar a sabedoria que nasce da conexão com o Todo, resultando em Amor incondicional, paz profunda e alegria genuína.


Os quatro elementos, para os alquimistas, não eram apenas partes da natureza, mas também espelhos da nossa alma. Cada elemento - fogo, ar, água e terra- era visto quase como uma personalidade, devido às suas características tão distintas, moldando nossas emoções, processos psicológicos e até mesmo nossos corpos. Diziam eles que o segredo da harmonia estava no equilíbrio perfeito desses elementos dentro de nós. E nossa busca por essa alquimia interna perdura em nossas vidas, onde cada chama, cada sopro, cada gota e cada grão contribuem para o nosso ser integral.


Como esses elementos estão convivendo dentro de você, acrescidos, obviamente, pelo quinto elemento?


Carl Gustav Jung, teórico da psicologia analítica, explorou a ideia dos quatro elementos em um contexto simbólico e arquetípico, representando diferentes aspectos da psique humana: ar para o pensamento, água para os sentimentos, fogo para a intuição e terra para a sensação. Ele utiliza esses termos para nos ajudar a perceber melhor nossas próprias inclinações e os desafios de equilíbrio e integração entre eles, pois cada pessoa possui uma combinação única desses elementos. Isso abre caminho para a quintessência, um conceito de pureza e perfeição, onde a união entre fogo e água simboliza a combinação dos elementos primordiais, representando a harmonia e equilíbrio essenciais tanto na terra quanto no ar.


A história dessa senhora luminosa, que, como um Sol Branco pelas luzes que permitiu irradiar de seu interior, nos deixa um exemplo surpreendente de reconexão e do poder do quinto elemento. Mesmo em meio às mais escuras adversidades da vida, quando permitida a manifestação do Amor verdadeiro, laços são reconstituídos e caminhos são iluminados como guias em nossas jornadas.


No microcosmo de sua relação com a filha, vimos refletido o macrocosmo do universo, onde o Quinto Elemento age como uma força invisível, mas palpável, revelando a essência e a conexão profunda que pode existir na união entre tudo e todos os seres.


Aquela tempestade assustadora já havia perdido sua força; apenas uma fraca chuva persistia, mantendo o ambiente envolto em escuridão. Após esse período de tempestade intensa, a energia elétrica retoma sua posição e sua luz se irradia por todos os cantos.


As velas são apagadas e, diante de toda a luz que retorna, minha alma desperta da imersão provocada pela profunda história.


Por trás das brisas ou das tormentas que o tempo traz, às vezes suaves e outras vezes como uma forte tempestade que busca reorganizar tudo à sua passagem, sempre haverá um propósito que nos ajudará a encontrar seu sentido, mesmo nos mais sombrios momentos.


Seja qual for nosso desafio, sua razão de ser um dia se revelará: "Tens a terra, tens o ar, tens a água, tens o fogo e tens ainda um elemento que transcende os limites da matéria e do tempo. Sempre em vós a irradiar esse tal quinto elemento, grandioso e magnífico, oh sublime Quinto Elemento!”


 


 

Esta é uma obra editada sob aspectos do cotidiano, retratando questões comuns do nosso dia a dia. A crônica não tem como objetivo trazer verdades absolutas, e sim reflexões para nossas questões humanas.

 


Galeria Crônicas

Que tal baixar e compartilhar reflexões dessa crônica com a galera?



 

Você já seguiu as Crônicas no Instagram?



 

Temos crônicas também disponíveis em formato podcast.

Não deixe de ouvir!



 

Time Crônicas




 

Comunicado neonews


Queridos leitores, informamos que os comentários ainda estão offline, devido ao fato de a ferramenta utilizada ser terceirizada e estar passando por atualizações, para melhor atendê-los.


Commentaires


bottom of page