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Crítica | Feios

McG tenta revitalizar o YA ( Young Adult) distópico com habilidade, mas não consegue convencer completamente


McG tenta revitalizar o YA ( Young Adult) distópico com habilidade, mas não consegue convencer completamente
Feios

(Foto: Divulgação)


Com um retorno surpreendente ao gênero jovem-adulto distópico, McG, diretor conhecido por sua contribuição ao cinema de ação comercial e por seu trabalho no streaming, apresenta “Feios”. O filme é uma adaptação da série literária de Scott Westerfeld, publicada originalmente em 2005, tenta recuperar a popularidade de um subgênero que já teve seu auge há quase duas décadas. No entanto, a produção revela-se mais uma reflexão sobre o gênero do que uma reinvenção bem-sucedida.


McG é, sem dúvida, um diretor que marcou sua época. Originário dos videoclipes dos anos 90, ele ajudou a definir o cinema de ação comercial com filmes como As Panteras e O Exterminador do Futuro: A Salvação. Seu retorno ao holofote com produções como A Babá (2017) mostrou que ele também tem uma habilidade para o gênero vulgar e juvenil. Agora, com Feios, McG mergulha novamente no jovem-adulto distópico, um gênero saturado de clichês e fórmulas desgastadas.


Na trama, Tally Youngblood (Joey King) vive em uma sociedade futurista onde todos passam por cirurgias plásticas aos 16 anos para se tornarem “a melhor versão de si mesmos”. Quando sua amiga Shay (Brianne Tju) sugere um acampamento secreto que promete revelar os segredos do regime autoritário dos “bonitos”, Tally se vê dividida entre a conformidade e a rebelião, com um triângulo amoroso envolvendo seu antigo interesse, Peris (Chase Stokes).


O roteiro de Feios, escrito por Jacob Forman, Vanessa Taylor e Whit Anderson, aborda a história com uma seriedade que não parece ciente de seu próprio anacronismo. Os diálogos são carregados de lições morais e o tom busca uma conexão sincera com o público jovem. As performances seguem uma linha convencional, sem ousar em exageros, como a postura de Laverne Cox e o charme calculado de Brianne Tju.


McG, ao assumir a direção, tenta lidar com o fato de que Feios chegou tarde demais para impactar como uma obra atual. O filme se torna um exercício de nostalgia ou uma paródia involuntária do gênero. Com uma produção de orçamento médio para streaming, a direção se diverte com as limitações e tenta dar um toque moderno às convenções ultrapassadas da trama.


Nas melhores partes do filme, McG explora o potencial do gênero para se adaptar ao presente. As cenas mais eficazes revelam um esforço para testar o apelo do jovem-adulto distópico em um novo contexto. No entanto, apesar de suas tentativas, Feios nunca consegue escapar da sensação de ser um exercício impossível.


Em suma, Feios é uma tentativa de McG de reviver um gênero que, apesar de sua relevância passada, enfrenta dificuldades em se ajustar ao cenário atual. A adaptação é um lembrete de que algumas histórias são melhores lembradas do que revisitadas.


 

Ficha técnica


Nome: Feios

Onde assistir: Netflix

Categoria: Ficção científica/Romance/Ficção distópica

Duração: 1h

Nota 2/5


 

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