Crítica | Minecraft
- Redação neonews
- há 3 dias
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Blocos de Diversão: A Jornada de Minecraft no Cinema. Uma adaptação que transforma um jogo sem história em uma comédia divertida

(Foto: Divulgação)
Adaptações de videogames sempre foram uma aposta arriscada, mas a indústria cinematográfica encontrou um novo filão ao traduzir jogos amados para a tela grande. Agora, chegou a vez de Minecraft, um dos jogos mais vendidos da história, ganhar sua versão live-action. Com a direção de Jared Hess (Nacho Libre), o filme assume um tom cômico e despretensioso, embalado por uma dupla de protagonistas carismáticos: Jack Black e Jason Momoa. Mesmo sem uma narrativa pré-definida nos games, o longa encontra sua própria história e entrega uma aventura bem-humorada.
A maior dúvida em relação à produção era justamente como adaptar um jogo baseado na criatividade ilimitada dos jogadores. Em Minecraft, não há uma trama específica, mas sim um universo inteiro de possibilidades. O filme resolve essa questão ao apresentar Steve (Jack Black), um jogador lendário que se tornou uma lenda esquecida, e Garrett (Jason Momoa), um ex-campeão que perdeu tudo e agora vive dentro do jogo. Juntos, eles embarcam em uma missão para salvar a vila de uma ameaça desconhecida, aprendendo sobre amizade e redenção ao longo do caminho.
Se Jack Black já tem seu lugar consolidado na comédia, a verdadeira surpresa é Jason Momoa. Conhecido por seus papéis de guerreiros e heróis brutos, Momoa se aventura no humor e entrega uma atuação cativante. A química entre os dois protagonistas é um dos pontos altos do filme, funcionando como um bromance improvável, mas incrivelmente eficaz. Os bastidores já indicavam que a dupla se divertiu muito durante as filmagens, e essa energia se reflete na tela.
Visualmente, Minecraft é uma homenagem fiel ao jogo. O design dos cenários e dos personagens recria com precisão os blocos pixelados que tornaram o game icônico. As texturas e os efeitos visuais foram trabalhados para manter a identidade visual do jogo sem parecer artificial. A trilha sonora também faz um excelente trabalho ao incorporar os sons característicos do game, criando um elo nostálgico para os fãs.
No entanto, o roteiro segue uma estrutura previsível, semelhante às recentes adaptações de Super Mario Bros. e Jumanji. A narrativa aposta em clichês de filmes de aventura, sem trazer grandes inovações ao gênero. O que impede que o longa se torne esquecível são justamente as excentricidades inseridas pelo diretor Jared Hess, que consegue extrair humor de situações absurdas e dos elementos mais icônicos do jogo.
No fim, Minecraft entrega o que promete: uma comédia leve e acessível para todas as idades. Para os jogadores, é uma homenagem bem-humorada ao universo que passaram horas explorando. Para quem nunca jogou, ainda há diversão suficiente para tornar a experiência prazerosa. Apesar de não ser um filme revolucionário, ele cumpre seu papel e nos lembra que, assim como no game, o mais importante é a diversão e a criatividade.
Se uma sequência surgir, o universo já está estabelecido e as possibilidades são infinitas. E se for com essa mesma dupla carismática, sem dúvidas, valerá a pena embarcar nessa aventura pixelada mais uma vez.
Ficha Técnica
Nome: Minecraft
Tipo: Filme
Onde assistir: Cinema
Categoria: Aventura/Comédia
Duração: 1hora e 41min
Nota 1/5