Conheça os impactos devastadores da raiva no organismo e as medidas essenciais de prevenção
(Foto: Divulgação)
A raiva, também conhecida como hidrofobia, é uma das doenças mais temidas devido à sua alta taxa de mortalidade e aos efeitos devastadores que provoca no corpo humano. Transmitida principalmente pela mordida de animais infectados, como cães, morcegos e gatos, a raiva é causada por um vírus que ataca o sistema nervoso central, resultando em sintomas neurológicos graves e, na maioria dos casos, morte se não tratada a tempo. Vamos explorar como a raiva afeta o corpo e as formas de prevenção essenciais.
A raiva é uma infecção viral que afeta mamíferos, incluindo seres humanos. O termo "hidrofobia" é utilizado devido a um sintoma característico em estágios avançados da doença, onde o paciente desenvolve uma aversão à água. O vírus responsável pela raiva pertence ao gênero Lyssavirus e é transmitido principalmente pela saliva de animais infectados, geralmente através de mordidas.
Após a exposição ao vírus, ele se multiplica inicialmente no tecido muscular próximo ao local da mordida e depois viaja pelos nervos periféricos em direção ao cérebro. O tempo entre a exposição ao vírus e o aparecimento dos sintomas (período de incubação) pode variar de dias a meses, dependendo da localização da mordida e da proximidade do cérebro.
Após a exposição ao vírus da raiva, a doença entra em uma fase de incubação silenciosa que pode durar de algumas semanas a vários meses. Durante essa fase, o vírus se replica no tecido muscular perto da mordida e gradualmente viaja pelos nervos periféricos em direção ao cérebro. Os pacientes não apresentam sintomas durante essa fase, o que torna o diagnóstico precoce difícil.
A fase prodromal é o estágio inicial dos sintomas, que dura entre 2 e 10 dias. Os primeiros sinais da raiva incluem febre, dor de cabeça, fadiga e mal-estar geral. Pode haver também dor ou formigamento no local da mordida. Durante essa fase, o vírus continua a se espalhar pelo sistema nervoso central, avançando em direção ao cérebro, e os sintomas se agravam rapidamente.
A fase neurológica aguda é o estágio mais grave da doença e é caracterizada por sintomas neurológicos severos:
Encefalite: A inflamação do cérebro provoca confusão mental, desorientação, alucinações, convulsões e paralisia. Pode causar agitação extrema e comportamento violento.
Espasmos Musculares: Espasmos involuntários, especialmente na garganta e músculos respiratórios, são comuns. A dificuldade em engolir líquidos resulta na característica aversão à água (hidrofobia).
Hipersalivação: O vírus estimula as glândulas salivares, levando à produção excessiva de saliva devido à dificuldade em engolir.
Hiperatividade e Paranoia: Os pacientes podem apresentar comportamento agitado, paranoia extrema e alucinações devido à invasão do cérebro pelo vírus.
Paralisia: A paralisia generalizada pode ocorrer quando o vírus afeta os nervos motores, começando nas extremidades e se espalhando para o corpo.
Se não tratado nas fases iniciais, a raiva progride para coma e morte. O paciente entra em coma dentro de uma a duas semanas após o início dos sintomas neurológicos agudos, geralmente falecendo devido à falência respiratória.
A raiva tem uma taxa de mortalidade quase 100% sem tratamento. Portanto, a prevenção é crucial. A vacinação de animais domésticos, como cães e gatos, é uma medida essencial para controlar a disseminação do vírus. Além disso, evitar contato com animais selvagens e a vacinação preventiva para aqueles em áreas de risco são fundamentais.
Em caso de exposição ao vírus, é crucial iniciar o tratamento imediatamente. Isso inclui a limpeza da ferida com água e sabão e a administração de vacinas antirrábicas e, se necessário, imunoglobulina antirrábica.
A raiva é uma doença devastadora que afeta o corpo humano de maneira extremamente agressiva, mas é completamente evitável por meio da vacinação e do tratamento rápido. Manter a prevenção e a conscientização é a chave para controlar a disseminação desta doença mortal.