A série foi uma das primeiras grandes produções a usar nova tecnologia com uso de engine de games
Nos últimos anos as séries atingiram um nível hollywoodiano de efeitos especiais. A bola que foi levantada por Game of Thrones, que impressionou o mundo com seus impressionantes dragões e cenários, agora foi difundida para outras produtoras, que estão fazendo um trabalho igualmente, se não superior, a série da HBO. E uma que recebeu um tsunami de elogios, e basicamente gabaritou as categorias técnicas do Emmy, foi "The Mandalorian".
Somente a premissa de uma série de Star Wars já trás na mente dos fãs a necessidade de efeitos especiais de qualidade, e a produção encabeçada por Jor Fraveau não deixa a desejar, apresentando um trabalho melhor que muito blockbuster com orçamento de centena de milhões de dólares. Mas afinal, como que a produção conseguiu atingir esse nível de excelência?
A primeira técnica usada, que por sinal The Mandalorian foi uma das primeiras grandes produções usar, é a de sets virtuais.
Servindo com uma substituição para o famoso chroma key, os sets virtuais consistem em enormes telas LED que transmitem o cenário já renderizado na Unreal Engine (popular motor gráfico usado para vídeo games). Logo o primeiro ponto que é beneficiado por essa tecnologia: atuação. Ao invés de ter que se imaginar em um planeta de uma galáxia muito muito distante, o ator vê em sua volta o cenário, o que facilita muito o trabalho e agrega valor a interpretação do elenco, que trouxe resultados, sendo bastante indicada na premiação.
Porém algo que usar esses telões serviu como uma enorme mão na roda foi: iluminação. Os artistas que iriam fazer os efeitos na pós-produção tinham simplesmente a referência perfeita de como a luz no cenário atingiria nos objetos da cena, figurinos e nos próprios atores, o que fez com que todo o processo fosse mais ágil, consequentemente custando menos, assim justificando os efeitos hollywoodianos com metade do orçamento de um grande filme