Neste terceiro capítulo, o personagem de Tom Holland passa pelas etapas para se tornar de fato o amado herói da Marvel
O filme mais esperado do ano acabou de lançar e já é um sucesso de bilheteria. 'Homem-Aranha: Sem Volta para Casa' (2021) sem dúvidas se tornou um evento, muito por conta dos próprios fãs do herói, que discutiram e investigaram durante meses diversos rumores sobre personagens que poderiam aparecer, e a Disney aproveitou toda essa onda especulativa e segurou ao máximo quaisquer informações do longa, o que fez dele o maior filme da Marvel desde Ultimato.
A esse ponto eu suponho que você já deve saber a premissa: após ter sua identidade revelada, Peter Parker (Tom Holland) vai atrás de Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para apagar da memória das pessoas de que ele é o Homem Aranha com um feitiço, que acaba dando errado, trazendo vilões de outras dimensões, como Electro (Jamie Foxx), Duende Verde (Willem Dafoe) e Doutor Octopus (Alfred Molina).
A trama parece um pouco muito complicada para ser trabalhada. Um roteiro que aborde viagem entre dimensões, se não bem trabalhados, pode cair em dois extremos, de complicado demais, ao auto-explicativo/sem graça. Mas como era de se esperar, a Marvel fez o de sempre e entregou um desenvolvimento e conclusão nada muito além de satisfatório.
O longa tem muitos pontos positivos, como os efeitos visuais que, assim como Longe de Casa, de 2019, são muito bons, com destaque para as cenas em que o Homem-Areia (Thomas Haden Church) aparece. A riqueza dos detalhes, da simulação e animação do personagem, que como o nome já diz, é inteiro de areia, e que quando primeiro apareceu naquela bagunça que foi o Homem Aranha 3 (2007), já era bem impressionante, e quando retorna após mais de 10 anos, a maneira em que ele é feito continua a se destacar.
A trilha sonora, composta por Michael Giacchino (ganhador do Oscar de Melhor Trilha Sonora por Up - Altas Aventuras), não fica muito atrás nos destaques. Nos momentos de maior tensão, a música consegue envolver quem está assistindo e espalhar por toda a sala a epicidade do que está acontecendo na tela.
O terceiro ato do filme, que começa após um acontecimento trágico, se torna uma bagunça. Mais um daqueles planos infalíveis que não saem perfeitos, para dar aquele suspense, porém sempre o poder de conveniência dos protagonistas faz com que no fim tudo dê certo, e é o que acontece, e sinceramente não acho que alguém esperava que teríamos um clímax com uma estrutura diferente dessa que vemos há mais de uma década nos filmes do MCU.
Porém mesmo com seus clichês, a história que vemos emociona, envolve e toca quem está assistindo. É a redenção de um personagem bastante criticado, que finalmente passa por seu desenvolvimento necessário para se tornar de fato o herói que amamos.
Para mim, essa primeira trilogia de filmes vemos Peter Parker se transformando de fato no Homem-Aranha que conhecemos nos quadrinhos, da mesma maneira que Anakin aos poucos se torna Darth Vader nos episódios I, II e III de Star Wars.
O personagem do Tom Holland era alvo de muitas dos fãs por não ter praticamente nenhuma das características que ele possui nas HQs, como grande conhecimento científico, o peso da responsabilidade que ele carrega, a solidão e demais pontos. Neste terceiro filme temos a inserção de tudo isso. No início do filme temos Peter Parker, um adolescente com poderes, porém no final somos finalmente apresentados ao nossa querido e espetacular, Homem Aranha.
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