Ideias criadas pelo escritor Isaac Asimov saíram dos livros, e agora são pensadas nos robôs da atualidade
(20th Century Fox/Reprodução)
Em 1950, era lançado o livro Eu, Robô de Isaac Asimov, obra que ganhou fama mundial e é considerada até os dias atuais como um grande título do gênero sci-fi. Nisso, o livro conta com as chamadas "três leis da robótica", criadas pelo autor para delimitar os espaços de convívio e existência entre robôs e humanos. São as seguintes leis:
Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal;
Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei;
Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou a Segunda Lei.
Isaac Asimov se antecipou trazendo à tona o debate sobre os robôs, que na época eram imaginados majoritariamente como androides, aqueles que se parecem ou imitam humanos em suas características físicas.
Mas hoje, é reconhecido que os robôs podem ser integrados a diversos utensílios contemporâneos de tecnologia, como aparelhos domésticos que possuem inteligência artificial (como os aparelhos Echo da Amazon, por exemplo, que tem a I.A. Alexa dentro do sistema).
As três leis da robótica ultrapassaram as barreiras da ficção, e hoje são consideradas na criação de protótipos e modelos; e deveriam ser implantadas na mente dos projetos. Contudo, pode haver casos de robôs que foram projetados justamente para fins negativos e letais aos seres humanos, como por exemplo, um drone criado pelo exército que possui total autonomia para matar os inimigos. Ou seja, neste caso a máquina não precisaria de uma pessoa para controlá-la.
Ao refletir sobre o drone citado, pode-se entender que ele se opõe logo à primeira lei da robótica, e se por acaso houver pessoas envolvidas em conflito em que há a presença do drone, o robô pode acabar atingindo o alvo errado — o que já está totalmente contra a ética das três leis.
Também visionário em outras campos da tecnologia, Asimov, em sua época, imaginou os robôs em itens presentes no cotidiano das pessoas. Pensando em exemplos mais simples, hoje podemos encontrar inteligências artificiais em smartphones; onde estão inseridas dezenas de informações e dados pessoais de usuários. Caso estes dados fossem revelados, as pessoas se tornariam reféns da própria tecnologia, seja por um mísero bug ou por uma "possível" atuação da máquina contra o homem (o que por enquanto, felizmente, está presente só na ficção).
Independente do nível de tecnologia e avanço, falhas na criação de inteligências artificiais sempre podem acontecer, e é papel do ser humano policiar este desenvolvimento. Tudo o que a sociedade não quer é que o fictício se torne realidade, com uma "rebelião das máquinas".
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