CEO da Meta aponta falta de inovações e regras arbitrárias da concorrente em podcast com Joe Rogan
(Foto: Divulgação)
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, fez duras críticas à Apple durante sua participação no popular podcast Joe Rogan Experience. No episódio, o executivo analisou a trajetória da empresa de Cupertino, questionando a falta de inovação significativa desde o lançamento do iPhone e criticando a estratégia de mercado adotada pela rival.
Enquanto reconheceu a importância do iPhone como uma revolução tecnológica que colocou smartphones nas mãos de bilhões de pessoas, Zuckerberg também apontou falhas importantes:“Por um lado, [o iPhone] foi ótimo, porque agora praticamente todo mundo no mundo tem um telefone, e isso permite coisas incríveis. Mas, por outro lado… eles usaram essa plataforma para colocar em prática muitas regras que eu acho que parecem arbitrárias e sinto que eles realmente não inventaram nada ótimo há algum tempo. É como se Steve Jobs tivesse inventado o iPhone, e agora eles estão meio que sentados nele 20 anos depois.”
O CEO destacou que essa estagnação tem levado os consumidores a adiarem a atualização de seus dispositivos, pois os modelos recentes não oferecem inovações suficientemente atrativas em relação aos anteriores.
Zuckerberg também comentou sobre a aposta da Apple em periféricos como Air Pods e o Vision Pro, observando que, apesar de representarem tentativas da empresa em explorar novos mercados, eles enfrentam dificuldades em entregar experiências consistentes:
“O Vision Pro é uma das maiores tentativas [da Apple] de fazer algo novo em algum tempo”, disse Zuckerberg. Ele observou que, apesar de inovador, o produto ainda precisa de muitas atualizações, e suas vendas iniciais ficaram abaixo das expectativas.
O CEO ainda apontou que dispositivos periféricos da Apple enfrentam problemas de integração, dificultando o uso fluido com outros produtos da marca.
Zuckerberg afirmou que a justificativa da Apple, ao citar "privacidade e segurança dos consumidores" para limitar a conectividade entre dispositivos, poderia ser resolvida se a empresa adotasse protocolos mais avançados de segurança. Para ele, a falta de ação no desenvolvimento dessas soluções é um reflexo de uma abordagem corporativa que prioriza controles arbitrários em detrimento da experiência do usuário.
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O setor de realidade aumentada foi outro tema abordado, com Zuckerberg ressaltando as diferenças entre a estratégia da Apple e a da Meta. Enquanto a Apple enfrenta dificuldades com o Vision Pro, a Meta segue investindo no Meta Quest, consolidando seu foco em realidade aumentada e virtual.
A crítica aberta de Zuckerberg expõe o crescente tensionamento entre as duas big techs. Com uma abordagem mais direta, o CEO da Meta reforça o papel da concorrência na indústria de tecnologia, cobrando inovações mais relevantes e acessíveis para o consumidor.
Será que os comentários do executivo podem incentivar a Apple a acelerar o lançamento de inovações significativas? A indústria de tecnologia está atenta às próximas movimentações de ambas as gigantes.