Empresa Meta dona do Facebook e Instagram enfrenta processos sobre os efeitos nocivos das redes sociais em jovens
(Foto: Divulgação)
A Meta, proprietária das gigantes redes sociais Facebook e Instagram, pode em breve se tornar alvo de uma série de ações judiciais nos Estados Unidos. A companhia perdeu recentemente um recurso que visava evitar processos relacionados a alegações de que suas plataformas são prejudiciais aos adolescentes.
A juíza Yvonne Gonzalez Rogers determinou que a Meta pode ser formalmente acusada em dois processos distintos, ambos registrados em 2023. Um dos casos envolve mais de 30 estados americanos que se uniram para apresentar acusações similares às enfrentadas pelo TikTok. A partir de agora, os procuradores-gerais estaduais poderão começar a coletar provas e potencialmente levar o caso a julgamento, embora ainda não haja uma data definida para a formalização do processo.
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Advogados que apoiaram a continuação do caso descreveram a decisão como uma "vitória significativa para jovens de todo o país que têm sido impactados negativamente por plataformas de redes sociais viciantes e danosas."
A Meta ainda pode tentar recorrer da decisão e mantém sua posição de defesa. Em resposta, a empresa afirma que "desenvolveu inúmeras ferramentas para apoiar pais e adolescentes", oferecendo controles e recursos específicos para essa faixa etária. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, também tem rejeitado a conexão direta entre o uso de redes sociais e problemas de saúde mental entre os jovens.
Em uma decisão relacionada, a juíza também declarou que outras empresas que controlam redes sociais, como ByteDance (dona do TikTok), Google e Snapchat, podem enfrentar futuros processos individuais envolvendo danos pessoais. No caso da ByteDance, além das alegações sobre o algoritmo "viciante" do TikTok e seus efeitos negativos, como depressão e ansiedade, a empresa enfrenta a possibilidade de ser banida dos Estados Unidos, em meio a preocupações com a segurança nacional e supostos vínculos com o governo chinês.
O desdobramento desses processos coloca a Meta e outras grandes plataformas digitais em uma posição delicada, com possíveis implicações significativas para o futuro das redes sociais e sua regulamentação.