Streamer Jesse Keighin enfrenta um processo milionário após desafiar a Nintendo e transmitir games pirateados em várias plataformas
(Foto: Divulgação)
A Nintendo, uma das empresas mais tradicionais e rigorosas do mercado de games, está movendo um processo contra o streamer Jesse Keighin por violação de direitos autorais. Keighin, conhecido por transmitir lives de jogos da Nintendo sem permissão em plataformas como YouTube e Twitch, enfrentará uma batalha judicial após ignorar repetidos avisos da empresa para cessar suas atividades.
Conforme consta no processo, a Nintendo alega que o streamer não só transmitia jogos pirateados, mas também fazia provocações, desafiando a empresa a agir contra ele. Apesar dos avisos e de canais serem derrubados repetidamente, Keighin contornava as restrições criando novas contas e continuando suas transmissões. Ele também confessava abertamente, durante as lives, que utilizava jogos pirateados e enviava mensagens diretamente para a Nintendo informando sobre suas atividades.
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Esquema de Monetização Alternativo e Distribuição Ilegal
Outro ponto relevante do processo envolve a monetização das lives. A Nintendo alega que, mesmo após a desmonetização de seus canais oficiais, Keighin continuava a gerar receita usando aplicativos terceirizados. Além das transmissões, o streamer teria também criado sites e repositórios com ROMs de jogos da Nintendo, além de fornecer links e chaves criptográficas para que os usuários pudessem acessar o conteúdo ilegalmente. “Ao não apenas transmitir jogos vazados, mas também fornecer diretamente aos usuários links para softwares de evasão, chaves criptográficas proprietárias da Nintendo e repositórios de ROMs pirateados, o réu está dando aos seus espectadores tudo o que eles precisam para piratear quantos jogos quiserem”, declara a Nintendo.
Indenização Milionária: Multa por Jogo e por Transmissão
Como compensação pelos danos causados, a Nintendo busca uma indenização de US$ 150 mil por cada jogo pirateado transmitido por Keighin, além de uma multa de US$ 2,5 mil por cada ato criminoso documentado nas transmissões, como a distribuição de ROMs. A ação reforça a postura rígida da Nintendo no combate à pirataria e proteção de sua propriedade intelectual, um aspecto que sempre marcou a trajetória da empresa.
O caso serve como um alerta para outros criadores de conteúdo e streamers que considerem utilizar jogos piratas em transmissões ao vivo.