Não Dormir Nos Deixa Mais "Lentos" e Menos Focados, Mas Efeitos Cerebrais Ainda Não Eram Conhecidos
(Foto: Divulgação)
Dormir é essencial para que nosso corpo funcione corretamente ao longo do dia. A privação de sono, por outro lado, nos deixa mais lentos, cansados e com falta de disposição e foco para as atividades diárias. Curiosamente, os mesmos efeitos são observados em ratos.
Recentemente, uma pesquisa com roedores revelou novas informações sobre o impacto da privação de sono no cérebro. Apesar de sabermos que a falta de sono afeta nossa performance, os efeitos específicos no cérebro ainda não eram totalmente compreendidos. Como é impossível estudar o cérebro humano de maneira direta após a morte, os pesquisadores recorreram aos ratos de laboratório.
O que foi descoberto é que a privação de sono resultou em uma redução na diversidade de sinapses no cérebro dos ratos. Em um estudo anterior, a equipe já havia classificado as sinapses cerebrais dos ratos em subtipos. Com o novo trabalho, foram capazes de analisar o grau de diversidade dessas sinapses em resposta à falta de sono.
Os resultados mostraram que, embora os ratos privados de sono tivessem o mesmo número total de sinapses que os ratos que dormiram normalmente, a diversidade dessas sinapses era menor. A principal redução foi observada nas áreas do cérebro responsáveis pela memória e pelo aprendizado. Embora os pesquisadores ainda não tenham identificado exatamente como essa mudança ocorre, suspeitam que a desaceleração na síntese de proteínas possa desempenhar um papel crucial.
Essas descobertas oferecem uma nova perspectiva sobre como a privação de sono pode afetar nossas capacidades cognitivas e podem abrir portas para novos tratamentos e estratégias para mitigar esses efeitos negativos.
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