SAG-AFTRA e Replica Studios: Uma Aliança Inovadora no Mundo dos Games
- Redação neonews
- 27 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Sindicato de Atores de Hollywood firma parceria para a utilização controlada de vozes digitais por inteligência artificial

(Foto: Divulgação)
O SAG-AFTRA, o principal sindicato de atores e atrizes de Hollywood, surpreendeu a indústria do entretenimento ao anunciar, nesta terça-feira (9), uma aliança pioneira com a Replica Studios, um estúdio especializado em inteligência artificial (IA) para games. A revelação do contrato ocorreu durante a CES 2024, em Las Vegas, despertando reações diversas na comunidade.
A colaboração entre o SAG-AFTRA e a Replica Studios concentra-se na autorização para as denominadas "réplicas digitais" de vozes reais. Em outras palavras, trata-se do treinamento de uma IA com base nos trabalhos prévios de uma pessoa, permitindo à máquina imitar a voz para dublar outros conteúdos. Agora, o sindicato está em busca da aprovação das desenvolvedoras para o uso limitado e consentido dessas réplicas.
O Acordo do SAG-AFTRA sobre Vozes de IA em Games
O acordo firmado com a Replica Studios estabelece termos e políticas para a utilização das vozes de dubladores na replicação de áudios por meio de IA. A empresa, por exemplo, é obrigada a obter o consentimento da pessoa antes de replicar a voz. Os profissionais têm o poder de interromper essa autorização a qualquer momento, solicitando que suas vozes não sejam mais replicadas digitalmente no futuro.
O contrato é aplicável tanto a intérpretes em atividade quanto àqueles que se aposentaram ou faleceram. No último caso, os responsáveis pelo espólio do profissional podem designar alguém para decidir sobre a licença ou não do uso da voz. Além disso, existem critérios específicos sobre como esses dados podem ser armazenados de maneira segura e a quantidade de tempo que uma réplica digital pode ser utilizada sem pagamentos adicionais à detentora original da voz.
Recepção Mista do Contrato
De acordo com o SAG-AFTRA, o propósito do acordo é impedir a criação 100% artificial de vozes pela IA, o que poderia eliminar a necessidade de acordos com dubladores e resultar na perda de empregos na indústria. Duncan Crabtree-Ireland, o negociador do sindicato nesse caso, afirma que a ação visa "pavimentar o caminho para que dubladores profissionais explorem de forma segura novas oportunidades de trabalho para suas réplicas digitais de voz". A recepção do contrato, no entanto, tem sido mista, refletindo a complexidade das mudanças tecnológicas na indústria do entretenimento.
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