Compreenda os conceitos fundamentais e a importância dessa teoria no entendimento do universo
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Você se interessa pela Teoria das Cordas, mas não consegue entender como ela funciona? A busca por uma teoria que explique todos os fenômenos físicos conhecidos no universo remonta às primeiras décadas do século 20, especialmente com os avanços da Mecânica Quântica e da Teoria da Relatividade de Albert Einstein.
Desde então, surgiu a ambição de desenvolver uma "Teoria de Tudo", unificando os dois pilares da Física moderna: o muito pequeno e o muito grande. Embora a Mecânica Quântica e a Relatividade sejam eficazes em suas áreas, ambas falham ao se aplicar ao domínio uma da outra. Assim, a Teoria das Cordas se apresenta como uma das candidatas mais promissoras para solucionar esse enigma.
A Teoria das Cordas é um modelo físico que visa unificar as forças fundamentais da natureza. Em termos simples, a teoria afirma que todas as interações são causadas pela oscilação de minúsculas cordas unidimensionais. Esse campo de estudo une a relatividade geral com a mecânica quântica, propondo que as cordas são as menores unidades constituintes da matéria, com tamanhos compatíveis ao comprimento de Planck (10^-35 m).
As oscilações dessas cordas moldam todas as partículas e forças do universo. Atualmente, a descrição mais aceita das interações naturais é conhecida como modelo padrão, mas a gravidade continua a ser um desafio para os cientistas.
A ideia de múltiplas dimensões começou com o físico alemão Theodor Kaluza, em 1919, que sugeriu que o universo poderia ter mais do que quatro dimensões. Em 1970, Yoichiro Nambu, Holger Bech Nielsen e Leonard Susskind propuseram que cordas vibrantes poderiam ser descritas matematicamente, criando o que hoje conhecemos como Teoria das Cordas.
Inicialmente, a teoria buscava explicar a interação nuclear forte, mas, com o tempo, evoluiu para abranger a força gravitacional. Em 1984, a versão moderna, conhecida como teoria das supercordas, foi desenvolvida por John H. Schwartz e Michael B. Green, incluindo a supersimetria, que sugere a existência de dimensões adicionais.
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A noção de multiversos, popularizada na ficção científica, ganhou espaço na física teórica com a Teoria das Cordas. Edward Witten, em 1955, propôs que as várias interpretações matemáticas da teoria são, na verdade, aspectos de uma única realidade, dando origem à teoria-M, que sugere a possibilidade de universos "paralelos".
Dentre as possibilidades do multiverso estão:
Universos Infinitos: O universo é infinito, levando à possibilidade de planetas semelhantes ao nosso.
Parâmetros Diferentes: Em regiões do universo, as leis físicas podem ser diferentes, mesmo seguindo as mesmas regras.
Coexistência: Universos distintos coexistem, de acordo com as probabilidades da mecânica quântica.
Leis Físicas Diversificadas: Universos com leis físicas completamente diferentes das nossas.
A Teoria das Cordas é um campo fascinante e complexo, que continua a ser explorado e debatido por cientistas. Sua capacidade de integrar conceitos da mecânica quântica e da relatividade a torna um elemento crucial na busca por entender os mistérios do cosmos.