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Terremotos Desvendados | Como Eles Geram Pepitas de Ouro Colossais

Um novo estudo revela o impacto dos terremotos na formação de enormes pepitas de ouro, esclarecendo um mistério antigo da geologia


Um novo estudo revela o impacto dos terremotos na formação de enormes pepitas de ouro, esclarecendo um mistério antigo da geologia
Pepitas de Ouro

(Foto: Divulgação)


Um enigma que fascinava cientistas há décadas ganhou uma nova explicação graças a um estudo recente. Os pesquisadores descobriram como os terremotos podem desencadear o processo que leva à formação de enormes pepitas de ouro.


De acordo com a pesquisa, o ouro se forma naturalmente no quartzo, o segundo mineral mais comum na crosta terrestre, atrás apenas do feldspato. No entanto, diferentemente de outros depósitos de ouro, aqueles encontrados no quartzo frequentemente se acumulam em pepitas gigantes. Essas pepitas estão localizadas em veios de quartzo, que são fissuras nas rochas ricas em ouro e que são periodicamente preenchidas com fluidos hidrotermais vindos das profundezas da crosta.


Apesar dessas descobertas, a razão pela qual algumas pepitas de ouro chegam a tamanhos impressionantes ainda era um mistério até agora. As informações são do Live Science.


Os fluidos hidrotermais, que transportam átomos de ouro das profundezas da crosta terrestre, são liberados através dos veios de quartzo. Idealmente, esse ouro se espalharia uniformemente ao longo das rachaduras, em vez de se concentrar em pepitas. No entanto, pepitas enormes representam uma parte significativa do ouro já extraído do mundo, chegando a até 75% do total.


A solução para esse enigma veio de duas observações importantes. Primeiro, as maiores pepitas são encontradas em depósitos de ouro orogênicos, que se formam durante terremotos. Segundo, o quartzo possui propriedades piezoelétricas, o que significa que gera uma carga elétrica em resposta ao estresse geológico, como o causado por terremotos.


O estudo revela que os terremotos quebram as rochas e forçam os fluidos hidrotermais para dentro dos veios de quartzo, preenchendo-os com ouro dissolvido. Em resposta ao estresse sísmico, o quartzo gera uma carga elétrica que reage com o ouro, fazendo com que ele precipite e se solidifique.


Para confirmar essa teoria, os cientistas realizaram experimentos em laboratório, simulando o efeito de um terremoto em cristais de quartzo. Os cristais foram submersos em uma solução de ouro e expostos a ondas sísmicas para gerar uma carga piezoelétrica. Os resultados mostraram que, sob estresse geológico, o quartzo pode gerar uma voltagem suficiente para precipitar o ouro da solução, solidificando-o preferencialmente em cima dos depósitos de ouro existentes.


Embora os resultados do estudo não ofereçam novas pistas para a localização de pepitas de ouro, eles abrem a possibilidade de reproduzir grandes pepitas em laboratório. Assim, a compreensão aprimorada do processo geológico por trás da formação de pepitas gigantes pode eventualmente influenciar novas abordagens na mineração e na pesquisa geológica.


 



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