Turma da Mônica e a IA | Até Onde Vai o Respeito à Criação Artística?
- Redação neonews
- há 2 dias
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MSP se pronuncia após viralização de tirinhas da turma da Mônica geradas por inteligência artificial com estilo dos personagens criados por Mauricio de Sousa

(Foto: Divulgação)
O debate sobre os limites da inteligência artificial na criação artística ganhou mais um capítulo, desta vez envolvendo uma das franquias mais queridas do Brasil: a Turma da Mônica. Após a circulação de diversas tirinhas nas redes sociais — inspiradas no estilo original dos quadrinhos e criadas com o uso do ChatGPT — a Maurício de Sousa Produções (MSP) decidiu se manifestar oficialmente.
A empresa esclareceu que não é contra o uso da tecnologia, mas defende um diálogo mais amplo e consciente sobre seus impactos. "A MSP Estúdios acompanha atentamente os debates, tendências e casos reais sobre o uso da inteligência artificial", afirma a nota enviada à CNN. "Seguimos comprometidos com a inovação tecnológica e artística do setor, explorando novas possibilidades, porém com responsabilidade e profundo respeito à arte, à sociedade e ao legado construído pelos artistas."
O posicionamento surge em um momento em que diferentes estúdios do mundo têm enfrentado situações parecidas. Antes da Turma da Mônica, criações feitas com IA que imitam o traço do Studio Ghibli — conhecido por animações como A Viagem de Chihiro — também causaram polêmica. A discussão gira em torno do que é criação legítima e o que pode configurar apropriação indevida ou até violação de direitos autorais.

(Foto: Divulgação)
Enquanto muitos usuários celebram a capacidade da IA de transformar ideias em imagens com facilidade, outros alertam para os riscos éticos de replicar estilos consagrados sem autorização ou reconhecimento dos criadores originais.
A fala da MSP é um lembrete importante: inovação e criatividade precisam caminhar lado a lado com ética e respeito. Afinal, por trás de cada traço, há anos de dedicação artística — e isso a IA ainda não pode replicar.