Estudo revela crescimento das vendas, desaceleração e desafios na indústria do vinil
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Um estudo realizado pela Luminate revelou que entre 2019 e 2020, as vendas de vinil cresceram impressionantes 46,2%, conforme dados apresentados. Contudo, desde 2020, a possibilidade de crescimento de materiais sustentáveis para discos de vinil na indústria aumentou consideravelmente. Porém, esse crescimento enfrentou uma desaceleração notável de 2021 a 2022, com um índice de crescimento de apenas 4,2%, após uma explosiva alta de 51,4% durante a pandemia de Covid-19.
Um exemplo notável dessa mudança é o disco "Hit Me Hard and Soft", de Billie Eilish, que foi prensado em vinil bioatribuído, com embalagens feitas de materiais reciclados. A artista também lançou os vinis com um plano de sustentabilidade. No entanto, um dado curioso revelado pela Luminate é que 83% dos entrevistados em geral afirmam não perceber ou não conseguir diferenciar entre o vinil pesado de 180g e outras alternativas. Esse número ainda chega a 70% entre os compradores de vinil.
Um especialista aponta que a mudança do consumidor em direção a uma demanda por música física sustentável deve considerar o impacto ambiental. No entanto, a indústria enfrenta desafios significativos, como o perfil do próprio consumidor de vinil. Segundo a Luminate, em uma pesquisa divulgada há um ano, 50% dos compradores de vinil não possuem vitrolas. Este fenômeno foi apelidado pelo site Hypebot de "música como souvenir", refletindo a preferência pelo consumo das obras principalmente através de downloads e streaming.
Além disso, o cenário do mercado de vinil varia consideravelmente por região. Por exemplo, em janeiro deste ano, as compras de LPs cresceram pelo 16º ano consecutivo no mercado britânico, de acordo com dados do BPI (British Phonographic Industry). Assim, os formatos sustentáveis encontram não apenas um cenário voltado a colecionadores e o desconhecimento sobre o impacto ambiental, mas também a variação de arrecadações por mercado.